"Cada libro, cada tomo que ves tiene alma. El alma de quien lo escribió y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con el (...) Los libros son espejos: sólo se ven en ellos lo que uno ya lleva dentro"

(Carlos Ruiz Zafón, La sombra del viento)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma leitura das chuvas...

Choveu forte no Rio de Janeiro durante a última semana. Apesar das atividades terem começado a se normalizar na quinta e na sexta após o ocorrido, para algumas pessoas a vida não volta ao normal.
Hoje, ao abrir minha página inicial, encontrei a fala de uma desabrigada que dizia para a BBC o seguinte: "tenho medo que nos esqueçam."
Como este é um blog escrito por leitores cariocas, achei que seria útil trazer uma leitura para nossa reflexão.
No meio de uma Inglaterra devastada pela Peste John Donne escreveu:


"Nenhum homem é uma ilha plena em si mesma.
Cada homem é uma parte do continente, uma parte do todo.
Se uma porção de terra é levada pelo mar,
a Europa é levada, como se um penhasco fosse,
como se a casa dos teus amigos ou a tua própria fosse.
Toda morte humana me diminui, porque sou parte da humanidade.
Então não queira saber por quem os sinos dobram:
eles dobram por ti".
(JOHN DONNE -- Devotions Upon Emergent Occasions, 1623 - Tradução por Israel Belo de Azevedo)

O livro completo está disponível online no googlebooks 
Me senti compelida a escrever, mesmo que uma semana depois. Não conheço a jovem Tayene Wullyane, que manifestou seu medo para os jornalistas. Entretanto, não a esquecerei. Os sinos que avisam das mortes muitas e do desastre profundo, também retinam por minha causa. Esperemos que a próxima tragédia seja evitada e que esta não seja esquecida. 
Para nós que perdemos pessoas amadas, a vida não volta ao normal tão rapidamente...

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