"Cada libro, cada tomo que ves tiene alma. El alma de quien lo escribió y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con el (...) Los libros son espejos: sólo se ven en ellos lo que uno ya lleva dentro"

(Carlos Ruiz Zafón, La sombra del viento)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Socrates In love

“O amor é uma forma de violência que obriga as pessoas a pensarem”. Apenas isso, e ficou ali, lendo e relendo a frase quase anônima em um livro de filosofia qualquer. Sentiu os significados múltiplos da sentença, então sentou e escreveu um Best-Seller. Parece ironia, mas foi assim que Kyoichi Katayama começou a escrever um dos mais belos romances japoneses, Sócrates in Love: o amor sobrevive ao tempo. Admito meu preconceito inicial. O livro rolou aqui em casa, a versão mangá do livro, e antes de me aventurar por este mundo, nunca tinha lido mangá. Venci o preconceito, li o livro, chorei no livro, sorri pelo livro e depois li de novo. E li de novo umas cinco ou seis vezes. De alguma forma, o ciclo se repetiu em ordens diferentes. Li tantas vezes que as falas mais significativas continuam guardadas na minha mente, mesmo que o livro agora já tenha sido devolvido.


A história do livro é simples. Um menino, Sakutaro, que conhece uma menina, Aki. O resto da história é comum, ou quase. Descoberta do amor, tristezas da vida e um amor que sobrevive ao tempo. Amor jovem, daqueles que todo mundo diz que é sem sentido e sem futuro, e também do tipo que dá forças quando tudo parece desmoronar. O tipo de amor que Aki sentia por Saku e o tipo de amor que ela recebia de volta.

A ilustradora do livro, Kazumi Kazui, conta que seus olhos ficaram cheios de lágrimas no início da história, mas do meio para o final ela chorava por cima de todos os desenhos.
A história é triste. Obviamente é uma bela história, muito bem escrita. A versão mangá do livro é fantástica, Kazumi Kazui captou toda a beleza e a alegria da história. Alegria, pois é o tipo de amor que significa vida, mesmo com tanta morte ao redor de si.

É certamente um dos livros mais lindos que já li e como a data é propícia para romances, eu falo dele. Por fim, a lição mais importante que Sakutaro aprendeu com Aki é algo simples, ele me ensinou com uma frase, e eu repito sempre, “este é um mundo tão amplo, que perdemos com facilidade as pessoas especiais que encontramos com tanta dificuldade.”. Espero assim não esquecer de valorizar as pessoas especiais, para oferecer-lhes amor leal, e captar assim toda a alegria de um amor que sobrevive ao tempo.

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