"Cada libro, cada tomo que ves tiene alma. El alma de quien lo escribió y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con el (...) Los libros son espejos: sólo se ven en ellos lo que uno ya lleva dentro"

(Carlos Ruiz Zafón, La sombra del viento)

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Infância e sapatos vermelhos



"Um coração não é julgado por quanto ama,
mas por quanto é amado pelos outros"
(O Mágico de Oz)


Sempre gostei de ver e rever meus filmes favoritos. Quando eu era bem pequena eu sequer gostava de ver outros filmes que eu já não conhecia. Mary Poppins era (e é) o favorito, mas dividia minha atenção com outros 3 filmes, dos quais falarei separadamente. Escolhi viajar para Kansas primeiro, até porque acabo de ganhar um lindo imã do filme e também porque o filme Coração de Tinta privilegiou essa história para escrever a trama de Meggie e Mo.

O Mágico de Oz é um livro escrito por L. Frank Baum e publicado em 1900. O livro foi transformado em filme em 1934.
O filme povoa até hoje minha imaginação. Quando criança eu muitas vezes fechava os olhos quando estava triste e me imagina em Oz. Sempre me perguntei onde dariam as outras estradas, mas me contento em saber sobre a estrada de ladrilhos amarelos. Ainda hoje eu por vezes me encontro imaginando que estou em Oz, ou em algum lugar além do arco-íris.
O filme ganhou Oscar pela trilha sonora e pela canção, Somewhere over the Rainbow. Eu ainda cantarolo a canção, adoro as versões que ela recebeu e amo tocá-la no sax.
Eu era pequena quando ganhei da minha tia um lindo sapatinho vermelho, a mesma que me deu o guarda-chuva por causa de Mary Poppins. Eu os chamava de sapatos da Dorothy. "Mãe! Quero usar o sapato da dorothy". Então, quando estava sozinha, eu colocava os sapatinhos e batia o calcanhar repetindo: "Não há lugar como nosso lar".
E acredito verdadeiramente nessas palavras, não encontrei lugar como meu lar.
Além de tudo isso, o filme me traz uma memória linda.

Eu hoje tenho dois dvds do filme, um deles é triplo com os extras da produção e outras duas versões cinematográficas, mas antes disso, eu tive uma fita gravada da tv e ela tem uma história. Por volta de 1994 um especial de natal foi anunciado em uma emissora de televisão. Fomos passar as festas com meus avós, na casa deles em Iguaba. Infelizmente meu avô não tinha aparelho de VHS, ele achava que podia estragar a televisão. Meu pai então pegou o vídeo daqui de casa e levou no carro, ele queria gravar os três filmes do especial para mim. Depois de convencer meu avô de que o vídeo não iria estragar a televisão ele instalou tudo e preparou para gravar os filmes. O especial de natal foi transmitido de madrugada, meu pai virou a noite para não deixar gravar comercial. Ele sabia que eu detestava comercial. Lembro disso sorrindo, não há lugar como nosso lar.

Ps. Até hoje quando uso sapato vermelho eu lembro do sapato da dorothy. Ainda me dá vontade de bater o calcanhar e repetir as palavras do filme, não há lugar como nosso lar.
Coloquei o livro de L. Frank na minha lista, lerei em breve.

4 comentários:

  1. Outro dia assisti com minha avó. Gostava menos deste quando era criança, não sei bem porque. Mas eu sou suspeito, eu gostava de Cavaleiros do Zodíaco...

    Não acredito...

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  2. Oz nao embalou minha trajetoria, mas a da minha mae, mas tb por ela quando penso em sapatos vermelhos penso em Dorothy. Outro dia Agnes foi de sapatos vermelhos para a PUC e eu comentei ter gostado. Na hora de ir embora disse 'tchau Dorothy', mas acho que ela nao ouviu...

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  3. De fato, eu não ouvi, mas eu lembro de ter comentado que eu lembrava de Oz quando pensava em sapatos vermelhos...

    Mesmo sem ter ouvido, adorei ser chamada de Dorothy...

    Ps. me senti meio velha agora...=p ahahahahahaha

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  4. Não devia. É um símbolo de eterna juventude...

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