"Cada libro, cada tomo que ves tiene alma. El alma de quien lo escribió y el alma de quienes lo leyeron y vivieron y soñaron con el (...) Los libros son espejos: sólo se ven en ellos lo que uno ya lleva dentro"

(Carlos Ruiz Zafón, La sombra del viento)

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Um Anel...


Três Anéis para os Reis-Elfos sob este céu,
Sete para os Senhores-Anões em seus rochosos corredores,
Nove para Homens Mortais, fadados ao eterno sono,
Um para o Senhor do Escuro em seu escuro trono
Na Terra de Mordor onde as sombras se deitam.
Um Anel para a todos governar, Um anel para encontrá-los,
Um Anel para a todos trazer e na escuridão aprisioná-los
Na Terra de Mordor onde as sombras se deitam.

(O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel – J. R. R. Tolkien)

Fico impressionado com cada postagem que leio aqui! Bem, parece que não sou tão poético e culto quanto vocês... mas vamos ao assunto. Minha postagem, como já deu para perceber, falará dos três livros que deram origem a três dos maiores “blockbusters” da história do cinema. De John Ronald Reuel Tolkien, O Senhor dos Anéis.

Não sabia da existência dos livros, muito menos de Tolkien, antes do sucesso dos filmes. Ao assisti-los fiquei impressionado e são alguns dos meus filmes favoritos, com certeza. Recentemente, a curiosidade cresceu e resolvi que tinha que ler a obra de Tolkien. Foi o que comecei a fazer nestas férias (ganhei o volume único de presente de aniversário de uma certa mocinha linda!) . Ainda não terminei tudo, na verdade, apenas comecei. Só li o primeiro dos livros: A Sociedade do Anel.

Uma palavra em elogio: impressionante. Uma palavra de assombro: ALUCINADO! Ainda mais que os filmes. Tolkien nos transporta para um mundo fantástico, convincente pelos impressionantes, assombrosos e minuciosos detalhes descritos pelo autor. Em “A Sociedade do Anel”, partimos junto com os Hobbits Frodo Bolseiro, Samwise Gamgi, Peregrin Tûk e Meriadoc Brandebuque; Gimli, o anão; Legolas, o elfo; os homens Boromir e Aragorn; e é claro, o mago Gandalf, o Cinzento em uma jornada que definirá o destino da Terra-média. É claro, quem assistiu aos filmes já sabe disto tudo, mas perde pela riqueza da narrativa e a capacidade de Tolkien, como já dito, de nos transportar para a Terra-média e fazer ver diante dos nossos olhos os acontecimentos, como se fossemos um integrante da Comitiva do Anel. Quando era criança, gostava de imaginar coisas fantásticas e, por vezes, brincava sozinho perdido no meu mundo de imaginação. Preferia assim. Até mesmo depois de grande peguei a mim mesmo imaginando coisas fantásticas e talvez por isso tenha me identificado tanto com a obra de Tolkien. É claro que nunca cheguei perto dele. No final do livro existem seis enormes apêndices, onde Tolkien escreve maiores detalhes do seu fantástico e quase real mundo paralelo, detalhes que nos ajudam a compreender muita coisa da narrativa. Fala dos diferentes povos da Terra-média, seus calendários, diferenças de linguagens e alfabetos, conta a história das origens e, por vezes, queda de cada povo, mostra os anais de reis e sua descendência e tantas outras coisas que ainda não consegui ler! Sem dúvida, genial.

Como disse, li apenas “A Sociedade do Anel” e, lembrando do filme, tenho a dizer: apresenta diferenças, é claro, mas que prefiro chamar de adaptações que, para mim, pareceram muito bem feitas. Não tenho muito a reclamar do primeiro filme. Agora tenho que ler os outros dois volumes para poder falar dos outros dois filmes. Pretendo começar “As duas Torres” ainda esta semana.

Misterioso, sombrio, sinistro, diabólico, vigoroso, arrebatador, sublime, angelical... são mais alguns adjetivos que podem ser atribuídos à obra. E para terminar: “O mundo está dividido entre aqueles que já leram O Hobbit e O Senhor dos Anéis e aqueles que ainda não leram.” (The Sunday Times)


PS: Historiadores, o Prefácio é particularmente genial.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Tempo, terra e sangue.


Quando já não havia outra tinta no mundo
O poeta usou do seu próprio sangue
Não dispondo de papel,
ele escreveu no próprio corpo
Assim,
nasceu a voz
o rio em si mesmo ancorado
Como o sangue: sem foz nem nascente.
(Lenda de Luar-do-Chão – Mia Couto)


Sou a mais branca dentre a metade materna da minha família. Minha avó sempre me chamou de “minha branquinha” ou “portuguesinha”. No último natal minha tia me deu de presente uma linda bonequinha africana. Ela sorriu e disse: ‘Sabemos da sua veia lusa, mas, mesmo assim, você é afro descendente’. Eu sorri com ela, gosto dessa mistura. Levei esse sorriso comigo durante minha leitura.

Tenho uma amiga que acredita que os livros tem seus momentos de leitura próprios. Aprendi isso com ela. Quando não consigo continuar uma leitura ou começar, penso que não é o momento daquele livro e guardo-o para ler depois quando tenho essa opção, gosto de me dedicar por inteiro mesmo que esteja lendo dois livros ao mesmo tempo. Leio cada um como se não houvesse outro. Se não posso mergulhar, prefiro esperar. Há quase um ano a professora Ivana falou do Mia Couto e de uma obra em especial: Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. Apesar disso, só consegui comprar e ler na última semana. Passei por ele várias vezes, toquei sua capa, senti suas páginas... Então um dia, que estava meio triste, desci as escadas, fui até a Carga Nobre (Livraria da PUC) e comprei. Comecei a ler e devo dizer que me apaixonei por ele nas primeiras linhas. Adorei o jeito de escrever, a forma de organizar as idéias e a trama em si. Mia Couto faz mais do que contar uma história, ele faz poesia enquanto traça o enredo. O título do livro é fantástico, mas compreender o porquê dessa sentença se apresentar dessa forma é ainda mais maravilhoso. Não falarei muito, quero que tenham a mesma experiência que eu tive: navegar por rios desconhecidos para chegar a terras estranhas e tentar conhecer um outro mundo de símbolos, significados e crenças. Compreender por fim que outros significados pode ter o tempo ou a terra. Viajo no rio tempo que é também meu próprio sangue. No meu caso foi uma viagem apaixonante. O livro me levou com ele e me fez ver além de suas páginas. Quero voltar a essa alma moçambicana, e navegar por esse tempo outras vezes. Amei tanto o livro que desacelerei ao máximo, não queria que acabasse. Por isso também, a volta não demora. Marco regresso no meu coração e selo com a palavra que tem si uma grandeza própria. Assim que eu terminar o próximo de Miguel Torga, comprarei um novo do Mia Couto.



Imagem: Por do Sol em Moçambique por Eliomar Ribeiro

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Equador: Fronteiras, amores, História


“Romance histórico da melhor qualidade”. Essa foi a sua afirmação apontando para um livro que eu namorava há tanto tempo. Depois sorriu sabendo que tinha surtido efeito. Ele conhecia a minha fraqueza e também minha paixão. As duas são uma só, até porque toda face de paixão tem seu outro lado de fraqueza. Eu amava o nome do livro, seu cheiro, e o calor. Na época eu trabalhava numa livraria. Eu amava seus livros e os lia ao invés de estudar para o vestibular . Aquele sorriso surtiu efeito. Comprei o livro assim que ele deixou o recinto. Devorei-o. Na época eu comprava tudo que ele me indicava, ainda não sei se porque eu confiava no gosto do meu professor de História, ou se porque eu tinha 40% de desconto em cada livro. Equador foi um de muitos. E eu o amei durante toda sua leitura. Romance histórico da melhor qualidade. Apesar de não gostar muito de livros que se intitulam romances históricos, em geral me decepcionam, eu amei Equador.
Descobri com um misto de alegria e tristeza que uma adaptação do livro está sendo transmitida em Portugal pela TVI. Alegria porque vi trechos lindíssimos e tristeza porque não há nenhum interesse brasileiro em transmitir para o território nacional.
Vi algumas parte através do Youtube e lamentei muito não poder acompanhar pela televisão. A série me parece muito bem feita até agora e o personagem principal, Luís Bernardo, é lindo e charmoso como eu tinha imaginado quando li o romance.
Encontrei dificuldades em compreender o português como já tinha acontecido quando comecei a ouvir Dulce Pontes e Madredeus. Entretanto, apesar das opiniões contrárias, eu amo esse jeito "portugal" de falar o português.
Andei um pouco e ainda não voltei a ler Miguel Torga, mas Portugal continua me perseguindo e desde meu último livro, eu retribuo essa perseguição.
Espero que eventualmente a série seja lançada em DVD, valerá a pena a fortuna que provavelente pagarei pelo Frete.

Eis alguns links para quem quiser checar a entrada e alguns episódios da série Equador.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Indicação

Não resisti amigos, preciso fazer uma indição.

Leiam o último post do Blog da Livraria Pó dos Livros. Esses casos de livraria que eles contam são hilários demais!!! =D

Para ler o post clique aqui

Férias

PRECISO ler:

O Engenho Fidalgo Dom Quixote de La Mancha, Miguel Cervantes
A Bíblia inglesa e as revoluções do século XVII, Christopher Hill
A Condição Humana, Hannah Arendt

QUERO ler:

Coração de Tinta, Cornelia Funke
Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, Mia Couto
Fragmentos de um Discurso Amoroso, Roland Barthes
Reinações de Narizinho vol. 2, Monteiro Lobato

O melhor é saber que não vou conseguir ler todos esses livros. Às vezes consigo ler dois livros por semana, lendo dois ao mesmo tempo, mas não quero isso. Estou de férias e vou escolher dois livros para me deliciar. Ler sem o sentimento de culpa que me atormenta em períodos letivos. Já planejei o cenário, pensei nas possibilidades e só espero que o telefone não toque. Se der para ler mais, leio mais. (vou jogar meu celular em bueiro que aí não tem jeito)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ruth Rocha...

Minha filha ADORA Ruth Rocha e adora dizer o nome da autora (é muito engraçado...). Mas já há uns seis meses está apaixonda por uma obra em especial, que folheia e lê das mais diversas formas e pode visitar enquanto lê outras coisas ao mesmo tempo. É o ALMANAQUE RUTH ROCHA. É uma delícia, almanaque mesmo... cheio de curiosidades... E observem que há uma ilustradora conhecida do grupo no meio do projeto (além de outros maravilhosos)!


domingo, 5 de julho de 2009

Boa dupla


Eu gosto de muitas coisas, mas tem aquelas que simplesmente me deliciam. Uma delas é comprar presentes. Adoro!
Quando um amigo faz aniversário penso no presente por vezes três meses antes. Ou então, quando sei o que um amigo quer, começo a bolar um plano para dar de forma criativa. Amo encontrar livros raros e desejados para dar de presente. Comprar livros como presentes é uma alegria só! E tenho um prazer especial dentro deste já mencionado. Divirto-me comprando presentes para crianças. Penso na embalagem, se virá com pirulito, se o brinquedo é adequado, se o livro é interessante, etc. Hoje fui fazer isso, comprar um livro para uma criança. Acabei ganhando um de presente do meu pai, que sutilmente percebeu meu interesse. Reconheci primeiro as gravuras, depois a autora. Gosto muito das duas, formam uma boa dupla. Mariana Massarani, que conheci recentemente, e Ruth Rocha, que é uma autora admirada há muito tempo. Já li e dei boas risadas. As histórias são fofíssimas, mas uma delas lembrou-me especialmente da Eunícia. Ela fala sobre o descobrimento do Brasil, sobre os índios, e como já vimos, a Mariana Massarani tem um jeito especial de desenhar os índios. Transcrevo então parte do diálogo da primeira história.

“Então um dia a professora disse que ia falar sobre o Descobrimento do Brasil.
- Ó menina – ela disse para mim – vamos ver o que você aprendeu na sua escolinha de Periquitópolis, ou seja-lá-como-se-chama. O Que você sabe sobre o Descobrimento do Brasil?
Me deu uma raiva, que ela estava caçoando da minha escola...Eu não sei de onde eu tirei coragem para responder:
- Ah professora, o Brasil não foi descoberto, não, ele sempre esteve aqui mesmo, não estava coberto nem nada, estava cheio de índio peladão correndo das muriçocas, pescando curimbatá e comendo gabiroba*...”


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*Gabiroba é um fruto produzido pela gabirobeira. Para saber mais clique aqui

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Notas de uma madrugada chuvosa

Como Agnes Maria me intimou, muito sutilmente a postar no Blog, e estou no meu intervalo, resolvi dar o ar de minha graça.
Estou estudando o Romantismo, e toda essa subjetividade e desencanto com o mundo acabaram combinando com o meu estado de espírito exausto de pré-férias, logo compartilho com vocês um poema que amo imensamente! Seu autor é um dos meus poetas favoritos, um charmoso irlandês William Butler Yeats ( 1865-1939) ganhou prêmio nobel de Literatura em 1923.
Sem mais delongas eis aqui o poema:

Ephemera
"Your eyes that once were never weary of mine
Are bowed in sotrow under pendulous lids,
Because our love is waning."
And then She:
"Although our love is waning, let us stand
By the lone border of the lake once more,
Together in that hour of gentleness
When the poor tired child, passion, falls asleep.
How far away the stars seem, and how far
Is our first kiss, and ah, how old my heart!"

Pensive they paced along the faded leaves,
While slowly he whose hand held hers replied:
"Passion has often worn our wandering hearts."

The woods were round them, and the yellow leaves
Fell like faint meteors in the gloom, and once
A rabbit old and lame limped down the path;
Autumn was over him: and now they stood
On the lone border of the lake once more:
Turning, he saw that she had thrust dead leaves
Gathered in silence, dewy as her eyes,
In bosom and hair.
"Ah, do not mourn," he said,
"That we are tired, for other loves await us;
Hate on and love through unrepining hours.
Before us lies eternity; our souls
Are love, and a continual farewell."

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Portugal, Miguel Torga


“Hoje
Sei apenas gostar
Duma nesga de terra
Debruada de mar”
(Pátria – Miguel Torga)

Eu às vezes escolho livros pelo título. Não os descrimino por isso, mas um título interessante muitas vezes me compra, e eu a ele. Da última vez que entrei na travessa deparei-me com um novo título e instantaneamente vi a mim mesma. Vi meu rosto e uma história que é minha e que eu tento, tantas vezes, esquecer. Mas, “se recordar é viver, esquecer é morrer um pouco.”
Comprei o livro e a leitura acabou me afetando mais do que eu imaginava. Vi meu avô naquelas páginas e deixei cair uma ou duas lágrimas de saudade. Queria que ele me visse estudar essa terra e essa gente que ele tanto amou. Queria ter podido conversar com ele hoje sobre como essa história dele acabou me influenciando mais do que eu imaginava. Foi quando descobri que até mesmo a origem da minha paixão por história é mais antiga do que minha quarta série. Antes de descobrir o Brasil em sala, eu descobri Portugal nos olhos e na vida do meu avô. Queria ter conversado com ele sobre esse livro. Talvez ele tivesse outras histórias ainda mais belas que as de Miguel. Então deixei cair mais lágrimas e não tive pudor dessa vez, permiti que elas caissem sem medo. Fazia muito tempo que não chorava de saudade, algumas lágrimas escorreram pela face, outras caíram para dentro. Foi bom visitar a terra dele mesmo que através de um livro. Reencontrei um amor que eu tinha escolhido deixar para trás.
Prometi então duas coisas: Vou comprar outro livro de Miguel Torga para ler assim que terminar o próximo da minha lista. Vou deixar-me descobrir e amar essa terra que meu avô amou e vou conhecer pessoalmente esse lugar que de certa forma também me gerou.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O amor 'voador'

Quando falei de FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO de Roland Barthes no encontro do grupo hoje, indicava os desdobramentos das instâncias amorosas entre dois seres humanos, mas metáforas são possíveis e amamos animais, objetos e entre eles, os livros. Há ainda o amor a autores, que compõe de modo singular o amor a uma pessoa que muitas vezes não conhecemos e a idéia de 'pessoa' mistura-se a situações objetais (o autor como coisa amad).

Enfim, lembrei que Barthes diz um pouco sobre o sentimento que temos quando vemos o objeto amado ameaçado de algum modo. No seu pequeno 'dicionário' do amor, ele trata da Compaixão. Segue o verbete de abertura:

"O sujeito experimenta um sentimento de violenta compaixão em relação ao objeto amado, cada vez que o vê, o sente ou o sabe infeliz ou ameaçado, por esta ou aquela razão, exterior à relação amorosa ela mesma"

Lembrem da 'violência' da voadora... Agnes ama o Ilmar (não apenas ela, mas provavelmente meio mundo dos historiadores e certamente todos os que o conhecem) e Agnes ama o conhecimento, o saber que emanam das palavras do Ilmar, assim, o ataque à obra promove a compaixão que envolve a necessidade de responder em lugar de... Afinal, a amiga pode gostar ou desgostar do Ilmar ou de O Tempo Saquarema, cabendo a ele - pessoa ou autor - responder a esse desamor, mas Agnes quer dar uma voadora...

Para Barthes, Agnes ama.
:)

Ler palavras, escrever palavras

Segue caminho para um post de blog com o qual me identifiquei completamente. Diz sobre as palavras. Seus sons e formatos. Com as palavras sou sim COMPULSIVA.
:)

http://ladoubleviedeveronique.blogspot.com/2009/06/ineditos.html

FLIP

Mariana Massarani nos lembra que hoje começa a FLIP. E me deixa com água na boca, vontade grande de estar lá... (mas não se pode viajar durante quatro semanas seguidas para três lugares diferentes com três provas para entregar.)

Voadora

Alguém já sentiu vontade de dar uma voadora em quem fala horrores dos seus autores queridos?
Reproduzo outro diálogo que tive com uma amiga que estuda história na minha ex-faculdade dos sonhos, UFF.

- Poxa, quando eu via o Tempo Saquarema nunca imaginava que o leria, sequer que teria aula com seu autor, é...
- É...eu li essa PORCARIA I-N-T-E-I-R-A no segundo semestre, eita...

*nesse momento tudo ficou escuro, pensei: mato, esquartejo, queimo viva, pulverizo, torturo até a morte? Então me lembrei que ela é minha amiga e que divergir faz parte do meu ofício...mas a vontade de dar uma voadora persistiu por um tempo...*